Dinheiros públicos não podem servir para criar mais desemprego

 
Foram recentemente anunciados cerca de 900 milhões de euros disponíveis pelo estado português para ajuda ao sector automóvel enfrentar a crise de que estes se queixam. Antes de mais é necessário dizer que a produção da Empresa em 2008 com 94.100 unidades foi superior à de 2007 (93.000). Em relação aos resultados do grupo VW este anunciou recentemente que 2008 foi o melhor dos últimos anos em termos de resultados.
 
O que é grave, é que depois do governo português disponibilizar este fundo para pôr à disposição das empresas do sector automóvel em Portugal para que estas enfrentem as “dificuldades” anunciadas, estas preparam-se para mandar para o desemprego várias centenas de trabalhadores.
 
Não podemos de forma alguma aceitar esta situação em que as multinacionais pretendem deitar mão a dinheiros públicos para depois despedirem trabalhadores.
 
Importa exigir medidas
 
No caso da Autoeuropa, depois de surgidas notícias de dispensa de cerca de 250 trabalhadores temporários envoltas em contradições com o coordenador da CT a anunciar despedimentos e a administração a contradizê-lo, importa antes de mais exigir também medidas para que o desemprego não seja uma realidade para estes trabalhadores.
 
Não devemos esquecer todos os investimentos até aqui garantidos para esta fábrica tal como as promessas feitas com a futura criação de cerca de 1500 postos de trabalho com a entrada em produção do novo Sharan. E acima de tudo não devemos esquecer as promessas feitas pelo actual 1º ministro de criação de 150 mil postos de trabalho, o que até hoje continuamos à espera, para além da responsabilidade do seu governo nas situações de desemprego que se apresentem.
 
Da nossa parte, célula do PCP na Autoeuropa, é nosso entendimento que a exigência, perante anúncios pomposos de ajudas à crise, mais os respectivos dinheiros saídos dos nossos impostos para ajudas às empresas e promessas de criação de emprego, a nossa posição é de que a salvaguarda do emprego de todos os trabalham no sector automóvel é uma exigência que tem de ser reclamada e, havendo soluções há que exigi-las e por parte de governo e patrões há que aplicá-las.
 
Importante se torna também não esquecer o programa de qualificação e emprego a ser discutido entre as empresas, governo e os sindicatos para integrar trabalhadores que se encontrem nestas condições.
 
Os Comunistas da Autoeuropa apelam à unidade dos trabalhadores para a defesa dos postos de trabalho de todos quanto na Empresa laboram.