Greve Geral

 
Os trabalhadores portugueses já haviam respondido massivamente a duas manifestação nacionais convocadas pela CGTP.
 
A 2ª maior que a 1ª e ambas com resultados palpáveis ainda que além do objectivo, fazer com que o actual governo invertesse o rumo da política anti-trabalhadores e anti-população para onde arrasta Portugal. Havia que prosseguir a luta e esta, é dos livros, deve ser em ascensão.
 
A convocação duma greve geral é assim o passo natural e seguinte nesta luta desigual que se trava em Portugal entre os que todos os dias dão mais aos ricos e tiram ainda mais aos pobres e aqueles que muito justamente anseiam por uma melhor distribuição da riqueza gerada e por, pelo menos, que não lhes piorem as condições de vida, o poder de compra, o acesso à saúde, à educação e à justiça.
 
Centenas de dirigentes sindicais representando perto de um milhão de trabalhadores decidiram realizar uma greve geral.
 
Está decidido. È para levar a cabo, com sucesso, porque Portugal e os portugueses precisam.
 
Muitas dúvidas se levantam sobre a oportunidade , o "timing" e as possibilidades de sucesso desta avançada forma de luta.
 
São dúvidas legítimas mas que agora são extemporâneas.
 
Houve um tempo de decisão, há agora um tempo de preparação.
 
Dia 30 de Maio haverá um tempo de finalização que culminará num grande sucesso para os trabalhadores portugueses.
 
Haverá depois um tempo de balanço.
 
Mas é preciso lutar muito para que esse sucesso se verifique e esse esforço cabe a todos e a cada um de nós.
 
As Ort´s da Autoeuropa e as empresas suas fornecedoras encetaram um processo de diálogo sobre este tema e chegaram, a 15 de Maio, à conclusão de que todas deviam manifestar a sua adesão à greve.
 
Esta adesão fica materializada na feitura e distribuição de um comunicado conjunto onde se apela a à participação dos trabalhadores representados por estas estruturas e pela criação de um organismo que assumirá a direcção desta tarefa pontual mas extremamente importante.
 
Da reunião destes dirigentes, delegados sindicais e membros de Ct´s saiu também a decisão de realizar plenários de esclarecimento nas respectivas empresas no próximo dia 28 de Maio.
 
Na Autoeuropa e nas empresas que a fornecem, começa a ganhar corpo a convicção de que é possível ganhar esta batalha.
 
Também aqui se entende cada vez mais que, mais vale lutar para prevenir que lutar para derrotar leis que sejam aprovadas e que entre outras coisas piorem a legislação laboral e transformem os trabalhadores efectivos em precários fazendo de Portugal o paraíso da precariedade.