Greve Geral Dia 24 Novembro

A concretização do pacto de agressão acordado entre FMI, União Europeia, Banco Central Europeu, PS, PSD e CDS está a degradar aceleradamente as condições de vida dos trabalhadores e do povo, a afundar o país no plano económico e social e a comprometer o futuro de Portugal.
Nas intenções do Governo para o Orçamento do Estado para 2012 está expressa a opção de classe e a ditadura da redução do défice, que se traduzirá em ainda mais recessão económica e regressão social.
No eixo essencial deste Orçamento está o aumento da exploração de quem trabalha: a facilitação dos despedimentos, a redução das indemnizações dos despedimentos, o corte das horas extraordinárias, o corte nos salários e pensões, o roubo do subsídio de Natal e de férias à maioria dos trabalhadores e reformados, o alargamento do horário de trabalho em meia-hora por dia – que poderia traduzir-se em 16 dias por ano de trabalho não pago ao trabalhadores e tudo está a ser encaminhado para o trabalho ao sábado.
Tudo isto a somar aos aumentos dos impostos sobre o consumo e os rendimentos do trabalho, o agravamento dos preços da electricidade, medicamentos, taxas moderadoras, transportes públicos, a diminuição dos apoios sociais entre outras medidas previstas no pacto de agressão.
Uma dose de veneno
Este Orçamento significa reforçar a dose de veneno que está a matar a economia, aumentar o desemprego, empobrecer os portugueses e a desgraçar o país.
O pacto de agressão é ilegítimo na sua natureza e conteúdo, porque constitui uma verdadeira declaração de guerra aos trabalhadores e ao povo português, às suas condições de vida e à sua dignidade.
Visa a total desregulamentação das relações laborais, a liberalização dos despedimentos e uma regressão de muitas décadas no plano dos direitos laborais e sociais, materializando assim velhas aspirações do capital que nunca se conformou com as conquistas dos trabalhadores por via da sua luta.
Um Roubo Colossal
Trata-se de um roubo colossal organizado aos trabalhadores e ao povo, cujo resultado alimenta um saco sem fundo de apoio e benesses para o capital financeiro, que continua a não pagar um cêntimo da crise de que é responsável e a aumentar os seus lucros, a favor de quem é dirigida a parte mais substancial dos milhões de euros do hipocritamente dito "empréstimo". Os Bancos no 1.º semestre de 2011 em período de profunda crise financeira, tiveram de lucros 2,7 milhões de euros por dia.
Dizer que dos 78 mil milhões que foram de modo ardilosos transformados numa "ajuda amiga" vai afinal ser cobrada 35 mil milhões de euros de juros e comissões.

Existe uma política alternativa

O PCP não se resigna nem aceita a política das inevitabilidades. Já nos diziam que as condições que nos foram impostas e aceites por PS, PSD e CDS aquando na entrada na então CEE eram inevitáveis e que seriam positivas para o país.
A realidade provou que é indispensável renegociar a dívida para permitir o crescimento económico e o aumento da produção nacional. Quando mais se atrasa a renegociação , quanto mais se aprofunda o pacto de agressão, mais nos aproximamos a passos largos da situação da Grécia. Até porque a receita dos troikos que está a ser aplicada a Portugal é exactamente a mesma.
Lutar antes que seja tarde demais
A célula do PCP do Parque Industrial apela as todos os trabalhadores das empresas do Parque que participem activamente na Greve Geral de 24 de Novembro.

Contra a exploração e o empobrecimento.
Por um Portugal desenvolvido e soberano.
Pela defesa do futuro de todos nós.
Dia 24 é dia de luta contra o roubo e a exploração!