O grande capital saudou o «acordo» com luzido foguetório

O grupo composto pelos chamados «parceiros sociais» que assinaram o «acordo»: o grande patronato, o Governo e a UGT — desprezaram e violaram os direitos e interesses dos mesmos de sempre: os trabalhadores.
Mas há um outro lado da barricada, que é a força organizada dos trabalhadores e dispostos com a luta, dar a este «acordo» a resposta necessária.
Para já as intenções estampadas no acordo para a alteração das leis laborais ainda não são lei.
De facto as intenções do governo que mereceram o acordo das associações patronais e da UGT ainda tem de ser transformados em propostas de lei que por sua vez tem de ser sujeitas à opinião publica e de ser depois aprovadas em Assembleia da Republica.
O que para alguns parece ser um dado adquirido vai contar para alem disso com a justa contestação dos portugueses e sobretudo dos trabalhadores já que são eles os principais visados por estas vergonhosas medidas que diminuem em muito as suas condições de vida e de trabalho.
Mas que não haja ilusões, todos os portugueses serão igualmente afectados. se as matérias acordadas pela UGT com o patronato e o Governo forem aplicadas.
A lista de medidas que visam dificultar a vida é longa e penosa e merecedora do maior repúdio e da maior contestação seja nas empresas, nas ruas e nas mais diversas instituições.
Não é admissível que sejam os que nada contribuíram para este estado calamitoso, a que os governos do ultimo triénio conduziram Portugal a suportar continuamente uma crise que nunca criaram.
O PCP defende que as sucessivas políticas de austeridade sejam substituídas por políticas que visem o desenvolvimento do pais, a criação de emprego e riqueza nacional que, permita romper com este circulo de miséria onde nos colocaram.
É preciso estar atento e participativo nas diversas acções que se desenvolvem um pouco por todo o lado visando alterar o rumo do país é pois uma tarefa não só de alguns mas de todos os portugueses.
A luta dos trabalhadores e do povo português é decisiva para defender direitos, construir uma vida melhor, num Portugal com futuro.