VALORIZAR O TRABALHO E OS TRABALHADORES

A proposta final da administração de pré-acordo apresentada nos plenários realizados a 17 e 18 deste mês, fica muito aquém das expectativas e é claramente insuficiente.

Este resultado não valoriza os trabalhadores. A proposta a dois anos de 25 euros no primeiro ano e de 30 euros no segundo, com o aumento do custo de vida e a tendência para aumentar, faz com que os trabalhadores percam poder de compra. Apresenta ainda um valor, abaixo do aumento do salário mínimo, sem esquecer o congelamento dos salários no ano de 2021.

Esta proposta põe em causa os direitos dos trabalhadores, fazendo recair sobre eles os custos de lançamento do novo T-Roc, a falta de componentes e as paragens técnicas, que durante este ano, provocarão paragens superiores a 22 dias de Down Days anuais, ou seja os trabalhadores são duplamente penalizados devido a uma situação que não tem responsabilidade nenhuma, ficando condicionados de receber o décimo quinto salário, por serem obrigados a ficar em Down Days de acordo com as exigências do momento e sem o prémio de objetivos.

O posicionamento negocial da administração e os seus argumentos, como pôr em causa a manutenção da quarta equipa, mostra claramente que o seu objectivo principal é garantir os ganhos dos accionistas e baixar ainda mais os custos do trabalho ao contrário da devida valorização que deve ser dada aos trabalhadores pelas condições em que trabalharam e pelos resultados de produção alcançados.

É posição clara da Célula, que os trabalhadores são o elemento fundamental no sucesso da empresa. Valorizar o trabalho e os trabalhadores é fundamental.

Os trabalhadores são o garante da produção e da criação da riqueza, assim a Célula do PCP, reclama que a administração dê resposta aos problemas apontados neste pré-acordo.