OS ELEITOS DA LISTA C - Membros da Comissão de Trabalhadores da Autoeuropa
Aos trabalhadores da Autoeuropa:
Quando nos candidatámos às eleições para a Comissão de Trabalhadores da Autoeuropa tínhamos como lema ‘mudar e marcar a diferença”. Queríamos e queremos “mudar e marcar a diferença” porque achamos que a Comissão de Trabalhadores de uma das empresas mais importante do País deve ter uma actuação diferente daquela que tem tido até hoje.
Na origem das Comissões de Trabalhadores que nasceram da Revolução do 25 de Abril era-lhes atribuído o direito ao acesso a toda a informação necessária à sua actividade através do exercício do controle de gestão, que a Constituição da República e a actual lei n° 35/2004 consagra no seu artigo 354°.
Este é o aspecto mais importante do âmbito das C,T,’s, e o que as distingue do âmbito dos Sindicatos.
E para além de ser a competência mais importante das C.T.’s, não é esta a realidade da Comissão de Trabalhadores da Autoeuropa. Até hoje o direito ao controle de gestão da Autoeuropa, através da requisição de toda a documentação necessária ao seu exercício, não tem sido exercido.
Tal como os estatutos da CT no seu artigo 12 determinam, «O controle de gestão consiste no controle colectivo dos trabalhadores sobre as decisões económicas e sociais da entidade patronal e sobre a actividade da empresa, para defesa dos interesses dos trabalhadores». Ao contrário do que a maioria da CT afirma, não existem Balancetes Trimestrais, Relatórios de Contas, planos, orçamentos e execuções, etc., dos últimos anos relativos à empresa.
Já que a CT convidou os trabalhadores a irem consultar no seu arquivo as contas de Empresa, nós reiteramos esse convite aos trabalhadores para assim se aperceberem que apenas existem alguns dados muito insuficientes cedidos pelo Comité Mundial da VVV e não pela administração da Autoeuropa. Assim se poderão aperceber que a maioria da CT mentiu, o que é grave.
Os eleitos da Lista C entendem que a Unidade na Acção é não só possível como indispensável, mas não permitimos que a maioria nos acuse de divisionismo só por termos opinião diferente e acharmos que o exercício do controle de gestão é de crucial importância para os trabalhadores.
No seio da CT estamos a assumir os valores pelos quais nos candidatámos. É neste sentido que temos insistido e que já levou a CT a assumir que vai exigir à administração os dados relativos a 2005 e início de 2006.
O conhecimento da situação económica e financeira da empresa é fundamental para o processo reivindicativo que se aproxima.
Os trabalhadores podem contar connosco, Nós contamos com os trabalhadores.
