Um orçamento sem preocupações sociais

 
O 1º ministro afirmou na Assembleia da república que o seu orçamento era um orçamento com preocupações sociais e que defendia a coesão social.
 
Então vejamos: pela primeira vez em muitos anos, no OE2007, o peso das despesas com as funções sociais do na despesa total do Estado descerá 1,7%, pois entre 2006 e 2007 passará de 61,7% para 60%. Esta diminuição significa uma redução de 280 milhões de € na Educação, Saúde, Segurança Social, Habitação e Cultura.
 
Verifica-se também uma redução de 355,5 milhões de € no Ministério da Educação e 120 milhões de € nas despesas de funcionamento das Universidades e Institutos Politécnicos com todas as consequências que daí advém.
 
Para além disto, com base numa taxa de inflação fictícia de 2,1%, os escalões de IRS e os abatimentos de que beneficiam os trabalhadores vão ser actualizados apenas naquela percentagem, o que vai determinar que 2007 os trabalhadores terão de pagar mais IRS.
 
Por outro lado, verifica-se uma quebra do investimento público, instrumento fundamental para dinamizar a economia e para, por arrastamento, estimular o investimento privado.
 
E já agora dizer que a receita perdida com benefícios fiscais nunca aumentou tanto como vai aumentar em 2007.
 
Significa isto que este é um orçamento que prejudica os Trabalhadores e o Povo e continua a beneficiar os grandes grupos económicos.