Com o aumento dos preços, aumentam as injustiças sociais
Quase todos os principais bens e serviços essenciais aumentam acima da inflação prevista em 2008; Pão:30%, Produtos alimentares:5-10%, Transportes:3,9%, Electricidade:2,9%, Gás:4,3-5,2%, Portagens:2,6%, Saúde,Taxas moderadoras:4%.
O aumento dos preços não atinge a todos por igual.
A subida dos preços é sobretudo sentida por quem vive do seu salário, da sua reforma, da sua pensão. É na classe operária e no conjunto dos trabalhadores e reformados que de uma forma mais violenta se faz sentir o brutal aumento do custo de vida.
O aumento dos preços torna ainda mais evidente a injusta repartição dos rendimentos que impõem sacrifícios aos trabalhadores e ao Povo e permitem lucros fabulosos aos grandes grupos económicos.
A inflação prevista serve apenas para baixar o valor dos salários.
Para o PCP, este conjunto de aumentos torna incompreensível o valor da inflação prevista e coloca sérias dúvidas quanto ao rigor que está a ser utilizado para estimar o seu valor. Os métodos para o cálculo da inflação não são actualizados desde o ano 2000 (ainda antes de Portugal integrar o Euro). A título de exemplo não são incluídos os valores referentes aos empréstimos à habitação que representam hoje um encargo cada vez maior (só no último ano as taxas de juro aumentaram 20%) para mais de um milhão e 600 mil famílias. Cada vez mais se confirma que este indicador é sobretudo um importante instrumento para fazer conter a evolução salarial no nosso País.
É preciso outra política, que valorize os salários, que eleve o valor das reformas, que promova o investimento público, defenda a soberania e a produção nacional.
Mais exigente se torna assim o prosseguimento da luta por uma nova política, por uma vida melhor num país com mais justiça.
É preciso um outro rumo e nova política ao serviço do Povo e do País.