“Sacrifícios para todos”, uma ova.
O capital nacional e internacional anda eufórico com a redução drástica dos salários e dos direitos sociais conquistados ao longo de décadas pela luta dos trabalhadores.
E não estão satisfeitos! Querem reduzir, cortar ainda mais e mais... Warrem Buffett é um dos homens mais ricos do mundo, que em determinada altura afirmou: "há uma guerra de classes, é um facto,mas é a minha classe, a dos ricos, que a conduz, e estamos em vias de a ganhar."
São palavras que expressam de uma forma evidente a realidade do mundo actual. Palavras que deveriam provocar arrepios em muitos analistas, escribas da comunicação social, e outros que tais, que dizem sem corar que já não existe luta de classes.
É bom que se diga que a exploração de classe gera necessariamente a luta de classes, porque o capitalismo regido pela busca do máximo lucro, trava um permanente combate para sacar cada vez mais dos assalariados.
Mas a classe capitalista não domina e explora só no aspecto económico, com o apoio de poderosos meios ideológicos. Os capitalistas dominam também, politicamente, graças às posições que detêm no aparelho de Estado e aos partidos e grupos políticos que os servem.
Veja-se o que se passou na Assembleia da República no dia 2 de Dezembro.
O PCP apresentou uma proposta que permitia antecipar já para 2010 a tributação de dividendos antecipados por várias empresas para fugir aos impostos, que iria constituir uma receita adicional de centenas de milhões de euros, mais de 200 milhões só no caso da PT. O que permitia aumentar a receita sem retirar aos salários, às reformas, às prestações sociais, retirando justamente aos que muito lucram e pouco pagam.
PSD e CDS de acordo sempre que se trata de tocar num cêntimo de lucros de grandes grupos económicos.
No PS alguma turbulência na sua bancada; Francisco Assis, Presidente do Grupo Parlamentar, de dedo em riste sobe ao palanque e diz, ou votam contra ou então demito-me.
O Presidente do Grupo Parlamentar do PCP, Bernardino Soares afirmou na altura "Se este projecto for chumbado, prova-se que quem decide o voto destas bancadas não são as mesmas ou a sua direcção, nem sequer o Governo e o se núcleo duro. Quem decide é o poder económico. Eles mandam e aqui há quem lhe vá obedecer".
É isto a luta de classes, é nas empresas, nos locais de trabalho, mas também na Assembleia da República.
Dia 3 de Dezembro o PCP levou à tribuna da Assembleia da República, a necessidade do aumento do Salário Mínimo Nacional, de 475 para 500 euros, dado que hoje uma família que apenas receba o Salário Mínimo Nacional vive, ou melhor sobrevive com sérias dificuldades.
Aumentar 25 euros é muito para quem trabalha; dizem eles "tem que ser motivo de concertação". No entanto, para dar milhões a quem não pára de acumular cada vez mais lucros, aí estão todos concertados.
"Sacrifícios para todos", uma ova. A realidade desmascara esta mentira descarada.
A exploração capitalista não é algo de acidental, de fortuito. É, sim, uma questão fundamental.
Perante esta brutal ofensiva, os operários, todos os trabalhadores, as massas populares, não têm outra saída senão a de lutar ou recuar constantemente.
A resposta que mais de 3 milhões de portugueses deram ao participar na Greve Geral foi clara. Demonstraram que não estão dispostos a recuar e que é tempo de dizer basta.
Foi uma vitória sobre o conformismo e a resignação.
E deixaram um sério aviso. A luta vai continuar!
E não estão satisfeitos! Querem reduzir, cortar ainda mais e mais... Warrem Buffett é um dos homens mais ricos do mundo, que em determinada altura afirmou: "há uma guerra de classes, é um facto,mas é a minha classe, a dos ricos, que a conduz, e estamos em vias de a ganhar."
São palavras que expressam de uma forma evidente a realidade do mundo actual. Palavras que deveriam provocar arrepios em muitos analistas, escribas da comunicação social, e outros que tais, que dizem sem corar que já não existe luta de classes.
É bom que se diga que a exploração de classe gera necessariamente a luta de classes, porque o capitalismo regido pela busca do máximo lucro, trava um permanente combate para sacar cada vez mais dos assalariados.
Mas a classe capitalista não domina e explora só no aspecto económico, com o apoio de poderosos meios ideológicos. Os capitalistas dominam também, politicamente, graças às posições que detêm no aparelho de Estado e aos partidos e grupos políticos que os servem.
Veja-se o que se passou na Assembleia da República no dia 2 de Dezembro.
O PCP apresentou uma proposta que permitia antecipar já para 2010 a tributação de dividendos antecipados por várias empresas para fugir aos impostos, que iria constituir uma receita adicional de centenas de milhões de euros, mais de 200 milhões só no caso da PT. O que permitia aumentar a receita sem retirar aos salários, às reformas, às prestações sociais, retirando justamente aos que muito lucram e pouco pagam.
PSD e CDS de acordo sempre que se trata de tocar num cêntimo de lucros de grandes grupos económicos.
No PS alguma turbulência na sua bancada; Francisco Assis, Presidente do Grupo Parlamentar, de dedo em riste sobe ao palanque e diz, ou votam contra ou então demito-me.
O Presidente do Grupo Parlamentar do PCP, Bernardino Soares afirmou na altura "Se este projecto for chumbado, prova-se que quem decide o voto destas bancadas não são as mesmas ou a sua direcção, nem sequer o Governo e o se núcleo duro. Quem decide é o poder económico. Eles mandam e aqui há quem lhe vá obedecer".
É isto a luta de classes, é nas empresas, nos locais de trabalho, mas também na Assembleia da República.
Dia 3 de Dezembro o PCP levou à tribuna da Assembleia da República, a necessidade do aumento do Salário Mínimo Nacional, de 475 para 500 euros, dado que hoje uma família que apenas receba o Salário Mínimo Nacional vive, ou melhor sobrevive com sérias dificuldades.
Aumentar 25 euros é muito para quem trabalha; dizem eles "tem que ser motivo de concertação". No entanto, para dar milhões a quem não pára de acumular cada vez mais lucros, aí estão todos concertados.
"Sacrifícios para todos", uma ova. A realidade desmascara esta mentira descarada.
A exploração capitalista não é algo de acidental, de fortuito. É, sim, uma questão fundamental.
Perante esta brutal ofensiva, os operários, todos os trabalhadores, as massas populares, não têm outra saída senão a de lutar ou recuar constantemente.
A resposta que mais de 3 milhões de portugueses deram ao participar na Greve Geral foi clara. Demonstraram que não estão dispostos a recuar e que é tempo de dizer basta.
Foi uma vitória sobre o conformismo e a resignação.
E deixaram um sério aviso. A luta vai continuar!
Vicente Merendas
Membro da Direcção Regional de Setúbal do PCP
Membro da Direcção Regional de Setúbal do PCP