Neste Maio, os trabalhadores relembram tudo o que Abril nos trouxe, e relembraram também a troika PS, PSD, CDS que ao longo de 36 anos tem vindo a devastar as conquistas de Abril, e que há um ano a esta troika se juntou outra FMI, UE, BCE e que, de mãos dadas, assinaram o tenebroso Pacto de agressão.
Por todo o Distrito, em centenas de iniciativas do mais diverso tipo, desfiles (Almada, Barreiro e Moita), debates, convívios, provas desportivas, espectáculos, almoços e jantares de confraternização, com destaque para a expressiva manifestação de Lisboa, milhares e milhares de pessoas comemoram o 38º aniversário do 25 Abril.
Na memória de muitos que vieram para a rua gritar «25 de Abril sempre» estava por isso o tempo da construção da mais avançada democracia económica alguma vez existente em Portugal: uma democracia económica, social, política, cultural e com uma componente participativa, que viria a ser consagrada na Constituição de Abril, aprovada em 2 de Abril de 1976.
Maio é uma palavra que diz muito aos trabalhadores portugueses, que rima com trabalho, alegria, luta e confiança. E foi essa confiança, que fez com que o 1º Maio de 2012 em Lisboa e Setúbal onde os trabalhadores da região participaram, fosse uns dos maiores desde 1974.
Maio foi palco de grandes acções de massas por todo o País, com um intervenção massiva e entusiástica da classe operária e das massas trabalhadores contra a exploração e empobrecimento e por uma mudança de política.
Neste Maio, os trabalhadores relembram tudo o que Abril nos trouxe, e relembraram também a troika PS, PSD, CDS que ao longo de 36 anos tem vindo a devastar as conquistas de Abril, e que há um ano a esta troika se juntou outra FMI, UE, BCE e que, de mãos dadas, assinaram o tenebroso Pacto de agressão.
O PCP alertou na altura, que este Pacto iria agravar ainda mais a situação económica e social, trazendo mais desigualdade e injustiças, mais desemprego, cortes nos salários, pensões e reformas; aumentando a pobreza, a miséria e a fome, roubando direitos aos trabalhadores com as alterações à legislação laboral, ponde em causa a sobrevivência de micros e pequenos empresários, roubando Abril aos trabalhadores, ao povo e ao País.
Infelizmente para todos nós a realidade veio confirmar tudo isto.
Um ano após o Pacto de Agressão, o PCP não se resigna perante o rumo de declínio que agrava os problemas do País e empobrece os trabalhadores e o povo.
O PCP está na rua junto dos trabalhadores e das populações com uma campanha "É tempo de dizer basta! Rejeitar o Pacto de Agressão - Por um Portugal com futuro!". Tem marcado para dia 26 de Maio em Lisboa uma Manifestação, para a qual apela aos trabalhadores e a todos os democratas que participem, dêem voz ao protesto, juntem a sua força à luta coerente, por uma ruptura com o actual rumo para que estão a conduzir o País.
Um ano de troika, um ano de empobrecimento para os trabalhadores e o povo.
Um Pacto que naturalmente, e cumprindo o seu objectivo maior, trouxe mais e mais lucros e vantagens e benesses aos chefes dos grandes grupos económicos e financeiros.
Por tudo isso, dia 26 de Maio estamos em luta pela rejeição do pacto de agressão e da sua política anti-patriótica e de direita, luta por uma política de esquerda, ao serviço dos interesses de Portugal e dos Portugueses, inspirada nos valores da Revolução de Abril.
Assim, a luta contra a política de afundamento nacional das troikas é uma luta por Abril e é por isso, uma luta que, com coragem, determinação e confiança venceremos.
Por Vicente Merendes
Membro do Executivo da DORS do PCP
Opinião Rostos