5 De Junho em Lisboa - A resposta que o Governo precisa
É muito forte nas massas trabalhadoras a consciência de que a concretização das propostas do Governo de revisão das Leis Laborais, conduziriam, a um agravamento dos dramas da precariedade, do desemprego, do trabalho sem direitos e que, por isso são propostas inaceitáveis, porque destruidoras de direitos fundamentais dos trabalhadores.
E é também cada vez mais forte a consciência da necessidade de dar a essas propostas a resposta que se impõe, derrotando-as através do único caminho: a luta firme e determinada.
Hoje está claro que o grande capital é o único interessado neste Código de Trabalho.
Veja-se as declarações do director dos recursos humanos da Autoeuropa à Comunicação Social.
“É importante fazer uma moldura mais flexível. Precisamos de ter maior flexibilidade”. “A proposta apresentada pelo Governo é equilibrada”. Pois é Senhor Julius Von Lugelheim. A proposta é equilibrada para si, mas é muito desequilibrada para os trabalhadores.
Os comentadores e analistas de serviço, munidos da cassete, apontam as baterias para os alvos do costume: os trabalhadores e a sua Central Sindical e, obviamente, o PCP, principal Partido da oposição à política de direita.
Utilizam todos os argumentos, enfeitam-nos de modernidade recorrendo ao paleio em moda, mas o facto é que estamos perante propostas retrógradas que comportam retrocessos civilizacionais, que nos reportam ao regresso a concepções próprias do século XIX.
Em suma revelam urna opção do Governo PS por uma sociedade de exploração, de indignidade nas empresas e tocais de trabalho.
O que está em causa para todos os trabalhadores;
• Inaptidão - sujeito a despedimento.
• Flexibilização - para aumentar os horários de trabalho.
• “Banco de horas” - anual para não pagar horas extras.
• Redução de salários.
• Contratação colectiva - caducidade para destruição de direitos.
Está nas nossas mãos.
É possível obrigar o Governo a recuar e derrotar o Código do Trabalho.
Que nenhum trabalhador fique com problemas de consciência E mau de mais para que se fique indiferente.
Vamos fazer da grande manifestação nacional de 5 de Junho, uma poderosa afirmação de força.
E dizer: Não passará!