UMA RESPOSTA QUE TARDA

A rejeição por uma larga maioria dos trabalhadores do pré-acordo entre a Comissão de Trabalhadores e a Administração da empresa, traduziu o grande descontentamento existente sobre as matérias salariais, apresentadas e outros factores que se vivem a nível da empresa.

Aliás, como referiu a Comissão Sindical, nos plenários dando conta do descontentamento dos trabalhadores e que os mesmos não estavam em condições de aceitar aquela proposta, o que é bem demonstrativo de quem está, vive e tem conhecimento do sentimento dos trabalhadores.

Foram retomadas as negociações, no entanto já se passaram vários dias, sem que os trabalhadores obtenham uma resposta cabal, às suas justas pretensões.

Foi a 14 de Novembro que os trabalhadores da VW Autoeuropa, disseram claramente, Não. Certamente a Administração, não está a pensar que vai ser com umas migalhas que leva os trabalhadores a dizer Sim.

Ou será que a Administração está a jogar com o tempo?

Se assim for a Administração vai ter da parte dos trabalhadores a resposta que merece.

Ou seja os trabalhadores das linhas de montagem têm sido sujeitos a excessivos ritmos de trabalho, com todas as consequências para a sua saúde.

A mesma Administração que aumentou a velocidade da linha, em relação à resposta aos trabalhadores anda a passo de caracol.

Este processo negociável, trouxe ao de cima uma questão ideológica, é que afinal os trabalhadores são tratados como trabalhadores e não como colaboradores.

Na luta de classes, acaba por vir sempre ao de cima uma questão evidente, por um lado os interesses do capital por outro os interesses dos trabalhadores.