Autoeuropa - Célula do PCP realizou 2ª Assembleia de organização
Os objectivos traçados pela célula na sua assembleia foram, nomeadamente, o reforço da organização dentro da empresa com o recrutamento de mais membros, a continuidade do esclarecimento dos trabalhadores para a realidade da ofensiva ideológica e de ataque aos direitos e garantias, ganhar influência dentro dos órgãos representativos dos trabalhadores, onde se destaca, tornar a Comissão Sindical e os Representantes da Higiene e Segurança órgãos actuantes, assim como a Comissão de Trabalhadores consentânea com os interesses dos trabalhadores.
A célula não pode deixar de notar algum incómodo por parte do BE em relação ao PCP e à sua organização na empresa, nomeadamente ao facto de membros da Comissão de Trabalhadores eleitos pela lista C se terem recusado a assinar o último pré-acordo com a administração. Esta posição parece ter irritado e incomodado os ditos elementos, pois dias antes a administração da Autoeuropa tinha distribuído um boletim informativo afirmando que o dito pré-acordo seria assinado pelos 11 elementos, mas como ambos se enganaram, daí a irritação dos elementos do BE. Não existe obrigatoriedade ou vínculo algum por parte destes elementos em subscrever o dito acordo, tendo em conta que a C.T. é constituída por elementos de 3 listas diferentes, cada uma com o seu programa e que o acordo referendado contou com a oposição de mais de 36% dos trabalhadores.
A célula do PCP salienta como altamente negativo, revelador de um sectarismo vergonhoso e uma total falta de respeito pela democracia e o direito a opinião divergente, o facto de o BE ter tentado, através de uma manobra de contornos fascizantes, expulsar elementos da lista C da Comissão de Trabalhadores. Através de um “abaixo-assinado” encomendado aos seus “moços de recados”, que pela falta de consistência e escasso número de subscritores não teve qualquer impacto, revelaram que contra a democracia, vale tudo. É portanto natural que, através do seu elemento mais destacado na Autoeuropa, venha nos últimos tempos a destilar veneno contra a célula do PCP e contra o seu boletim informativo “O Faísca”.
A célula do PCP na sua 2ª assembleia de organização reiterou que a sua acção junto dos trabalhadores, com vista ao seu esclarecimento e mobilização para as lutas futuras, continuará, assim como a defesa dos seus direitos e garantias, frente a uma administração que se revela agressiva e a uma C.T. cuja maioria segue uma política de cedência fácil e que vê os trabalhadores de Autoeuropa apenas como legitimadores dos acordos por si efectuados, ou seja, quando os trabalhadores aprovam, “revelam maturidade”, quando rejeitam são “irresponsáveis”.
Independentemente de todo o incómodo causado a alguma pseudo-nova-esquerda, a célula do PCP continuará a sua luta, ao lado dos trabalhadores e estes podem sempre contar com o PCP nas boas como nas más situações.
A célula do PCP dos trabalhadores da Autoeuropa
04 de Dezembro de 2006