Perante os resultados, queremos ser compensados!

Foi recentemente apresentado o novo director-geral da Autoeuropa onde estiveram presentes os ministro da economia e o 1º ministro. Das declarações de Sócrates destacam-se que «o governo estará sempre na primeira linha» para «ajudar a resolver os problemas que se colocarem à VW». Então e os trabalhadores? O governo põe-se a jeito para ajudar o capital, mas entretanto ataca os interesses dos trabalhadores como se tem vindo a constatar com as novas regras para o subsídio de desemprego, proposta nova para o trabalho temporário e a chamada flexí-segurança que pretende Iiberalizar os despedimentos, objectivo já velho do patronato.

 

Da parte do novo homem, Reimers, este afirmou que o seu objectivo «é garantir a competitividade internacional da Autoeuropa». Que competitividade? Será aquela que acontece à custa dos baixos salários, como fazia referência Reimers? Será à custa dos direitos dos trabalhadores? Então e os mais de 36 milhões de euros de lucros da Autoeuropa no ano 2005? Seria bom que o novo director-geral compreendesse que o futuro da empresa constrói-se com os trabalhadores.

Se tivermos em conta as declarações do presidente do grupo Bernd Pischetsrieder em Dezembro de 2006 que «2006 foi realmente um ano (...) que ao mesmo tempo trouxe recordes de vendas e de lucros na história da companhia» e que «mesmo (...) com a duplicação de vendas estamos ainda muito longe dos nossos objectivos financeiros», questionamos nós, se depois destes resultados conseguidos à custa do esforço dos trabalhadores, por vezes retirando direitos e garantias, aumentando horários de trabalho e reduzindo salários, qual é então esse objectivo ainda não atingido?

Quanto a nós, não resta aos trabalhadores outro caminho que não seja a luta e a resistência organizadas para enfrentar os ataques que por ai possam vir.

Mas para já, face aos resultados alcançados em que os trabalhadores foram os principais intervenientes, é justo que sejam compensados com melhores salários no futuro e de imediato atribuídos valores que se reflictam nos seus rendimentos já no prémio de objectivos a receber em Março.