Investimento na Autoeuropa
Depois das afirmações, surgem as interrogações
Depois dos investimentos recentemente anunciados pela VW para a Autoeuropa, as questões que se levantam passam inevitavelmente pelos seguintes aspectos:
Para quando o anuncio do novo modelo e que modelo esse a fabricar pela Autoeuropa?
Que reflexos terá esse montante no emprego e sua qualidade actual e futura da empresa?
Que vínculos contratuais terão estes trabalhadores?
Qual o futuro de todos os trabalhadores vinculados a empresas de trabalho temporário que trabalham a nosso lado?
É imprescindível que os trabalhadores exijam que estes 500 milhões € a serem investidos nos próximos 5 anos se reflictam de forma positiva nas condições salariais e sociais de todos.
No entanto os recados dados pela VW ao governo sobre a necessidade de reestruturação da legislação laboral (leia-se ataque aos direitos e garantias dos trabalhadores) são de todo merecedor de total repúdio por parte dos trabalhadores.
Da parte do governo, este já garantiu contrapartidas. Aos trabalhadores já foram exigidos sacrifícios consubstanciados no último acordo interno. Agora vem a VW fazer exigências ao governo de mais sacrifícios, ou seja, a VW já tem garantido os milhões e não satisfeita quer cortar ainda mais nos direitos. Apetece-nos dizer tal como o poeta “eles comem tudo!”.
Mais do que ninguém, os trabalhadores pretendem uma empresa próspera, mas não à custa dos seus direitos já tão atacados.
Os comunistas exortam todos os trabalhadores a acompanharem com muita atenção os próximos desenvolvimentos.
Mas para já deixamos uma palavra ao governo: quando falarem ou negociarem aspectos relativos à Autoeuropa, não esqueçam que os trabalhadores são o motor desta grande empresa. Cuidado com as decisões que possam pôr em causa os seus direitos e a garantia da sua qualidade de vida.