Autoeuropa: Novos Tempos Velhos Problemas
Os trabalhadores aceitaram um acordo que tinha como premissas principais a colocação na empresa de um novo produto e com isso criar mais de 1000 postos de trabalho (chegou-se a falar em 1500). Esta era a razão evocada.
Efectivamente, logo a seguir à assinatura do acordo, foi divulgada uma carta do Sr. Bernard que não garantia a vinda da nova Sharan mas faltava pouco. Logo a seguir toda uma catadupa de mudanças vieram lançar uma nuvem de incertezas que se adensa a cada dia que passa. Afinal em que ficamos?
Uma nova filosofia parece estar a gerar-se na Autoeuropa com contornos ainda ambíguos.
Tomamos conhecimento de que o M.P.V., na senda do que vinha a ser feito, poderá ser produzido (ou grande parte dele) desde o Body por empresas externas à Autoeuropa. Nesse caso, se a construção de carroçarias pode ser atribuída a outras empresas, então praticamente tudo poderá ser igualmente? E os trabalhadores que fizeram estes sacrifícios todos terão para o futuro as mesmas condições de precariedade, baixos salários e condições de trabalho que têm aqueles que com eles têm trabalhado nos últimos tempos (outsourcing) ou que trabalham nalgumas empresas do Parque Industrial?
Os trabalhadores cumprem a sua parte enquanto a empresa tarda em anunciar a colocação de novos produtos em Palmela. Definitivamente, merecem os trabalhadores a quem tanto é exigido que se esclareça esta questão e garantido o futuro dos que trabalham na empresa.
Os trabalhadores da Autoeuropa exigem a rápida atribuição de novos modelos para a fábrica e o fim de todas as formas de precariedade com a contratação de novos trabalhadores pela Autoeuropa, imprescindíveis para o relançamento da produção e do futuro da empresa.