A Intervenção forçou o diálogo
Os trabalhadores da Área de Prensas foram confrontados com a aplicação de um horário que em muito iria alterar os seus hábitos sociais e familiares enquanto que a elevada rotação de turnos lhes poderia acarretar prejuízos para a sua saúde.
Protestaram, contactaram os seus Representantes, e foram capazes de se organizar e de considerar quais as propostas que melhor os serviriam. O que levou a promover abaixo assinados, notas de imprensa e ofícios em defesa de um horário melhor, no qual o Sindicato foi uma peça importante neste processo.
Perante estas iniciativas a empresa suspendeu a aplicação do horário, e então sim , num processo de dialogo conforme estipula a lei,acabou por propor outros menos penalizadores e novas condições para o seu exercício.
Os trabalhadores perante duas opções acabaram por escolher um delas, não a que exigiam no abaixo assinado, mas em todo o caso um horário bem mais favorável que o inicialmente lhes haviam imposto.
Das lições que se podem extrair deste processo vivido pelos trabalhadores da Área de Prensas sobressai que valeu a pena lutar.
É que os trabalhadores quando têm a capacidade de se organizarem e de lutar pelos seus direitos, de serem ouvidos e envolvidos, os resultados alcançados podem não ser os pretendidos, mas jamais serão aqueles que unilateralmente lhes querem impor.