OFENSIVA DO GOVERNO NAS LEIS DO TRABALHO OBRIGA A CONTINUAR A LUTA

 
A divulgação pelo Governo da conclusões da sua comissão do Livro Branco (que Negro se devia chamar) confirmam a justeza e oportunidade da Greve Gera! realizado em 30 de Maio e obrigam a continuar a luta! como foi proclamado pelos muitos milhares que no passado dia 5 se manifestaram em Guimarães, rejeitando inequivocamente as propostas e a politica do Governo em praticamente tudo o que interfere com a nossa vida (trabalho, saúde, ensino e segurança social).
 
O Governo em vez de interpretar o descontentamento generalizado dos Portugueses em geral, invertendo a sua política, veio reafirmar as suas intenções quanto as leis de trabalho, a coberto do palavrão da Flexigurança:
 
Horários diários sem qualquer limite.
Apenas limites anuais e semanais
 
Não receber qualquer hora extra, ficando apenas o trabalhador com aquilo que o Governo chama de “Banco de horas”, ou seja, podendo apenas vir a folgar as mesmas horas extras realizadas sem receber uma única delas.
 
Reduzir as Férias e Subsídios.
 
Facilitar os despedimentos, limitando os processos disciplinares ao “dever” do patrão de apenas ter que ouvir o trabalhador antes de decidir a sanção.
 
Possibilitar a redução do salário.
Dizendo que só será de “acordo” com o trabalhador, sabendo-se como esse “acordo” seria fácil se pudesse ameaçá-lo de despedimento.
 
Não considerar tempo de trabalho, todo o tempo em que o trabalhador está às ordens do patrão excluindo qualquer paragem, pausas, etc.
 
E, claro, facilitar a caducidade dos contratos colectivos, já que estes consagram direitos e garantias que impedem os propósitos atrás referidos;
 
 
A AFRONTA DO GOVERNO AOS TRABALHADORES NÃO PODE PASSAR!
 
As sinistras intenções do Governo contra os trabalhadores, com o inconcebível argumento de que já não é moderno ter um horário certo, uma profissão definida e um emprego fixo, não podem passar.
 
“ Moderno” para o Governo e Patronato, seria o trabalhador deixar de ser um ser humano com o direito de dispor de tempo para organizar a sua vida particular e familiar, para passar a estar 24 horas por dia ao dispor do patrão enquanto este não decidisse unilateralmente despedi-lo.
 
É tão mau de mais, que não fossem as notícias dos próprios jornais e até alguns trabalhadores haveriam de duvidar se os Sindicatos não estariam a inventar.
 
A Direcção do Sindicato está absolutamente convicta de que os trabalhadores que representa hão-de engrossar a razão e a força colectiva dos trabalhadores portugueses nas próximas acções e lutas para travar estas ameaças e conseguir um novo rumo de esperança e respeito por quem trabalha. 

Julho/2007

A LUTA CONTINUA!

 

Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Metalúrgicas e Metalomecânicas do Sul