Saudação aos trabalhadores

 
A manifestação nacional do passado dia 13 Março, pela dimensão, pelo empenho, generosidade e coragem afirmada pelos trabalhadores, e por responder a uma atitude solidária, a uma vontade e necessidade de mudar o rumo das políticas que vêm sendo executadas, e como aviso às práticas patronais oportunistas e atentatórias do direito ao trabalho, constitui um marco de excepcional importância nas lutas laborais e na acção geral da CGTP-IN, pelo desenvolvimento do país. Colectivamente desenvolvemos esperança e confiança na construção de um futuro melhor.
 
A Comissão Executiva da CGTP-IN saúda todos os trabalhadores e trabalhadoras que com grandes sacrifícios, nomeadamente financeiros, se manifestaram, e todos os que, não podendo participar, se identificam com os objectivos de mudar o rumo político, que tem de assentar na criação de mais emprego, de combate à precariedade, de melhores salários e respeito pelos direitos no trabalho.
 
Saudamos e enaltecemos o esforço abnegado dos activistas sindicais que aumentaram em muito a presença e o esclarecimento nos locais de trabalho, realizando milhares de plenários com uma elevada participação de trabalhadores.
 
Pode o Sr. Primeiro-ministro apresentar-se como vítima, mas isso não esconde a realidade da vida dos portugueses e do país que os manifestantes, de forma exemplar, colocaram em evidência nas avenidas de Lisboa!
 
Os trabalhadores, os sindicalistas e os sindicatos da CGTP-IN estão de parabéns!
 
Importa agora dar sequência a este trabalho, intensificando a acção reivindicativa nos locais de trabalho, pela defesa do emprego, a dinamização da contratação colectiva e a salvaguarda dos direitos nela consagrados, pelo aumento real dos salários em simultâneo com o reforço da organização sindical e o aumento da sindicalização.
 
Na generalidade das empresas e nos sectores e subsectores (privado e público) há que formular reivindicações concretas, que correspondam às situações que os trabalhadores estão a viver, com propostas de acção e luta pela sua concretização.
 
Com confiança vamos trabalhar para garantir uma forte participação dos jovens na Manifestação do dia 28 de Março. A juventude portuguesa está a ser maltratada. Não haverá saída da actual crise sem respostas novas e valorização do emprego, dos direitos laborais e sociais para os jovens.
 
Vamos fazer do 1º Maio, uma grande jornada de luta nacional pela afirmação dos direitos dos trabalhadores e da força dos sindicatos, contra a política de direita e as posições retrógradas do patronato, exigindo resposta às propostas sindicais e uma mudança de políticas de forma a dignificar e valorizar os trabalhadores e colocar o país no caminho do desenvolvimento e progresso social.
 
Lisboa, 16 de Março de 2009
A Comissão Executiva do Conselho Nacional
Manuel Carvalho da Silva Secretário-geral