Finalmente as merecidas férias

 

No termo desta semana, a maioria dos trabalhadores da Autoeuropa e fornecedores, dentro e fora do Parque, vão dar início às merecidas férias, para se prepararem para nova jornada de trabalho, mas não podem esquecer os problemas com que foram confrontados neste período, nomeadamente:

 

• A pressão psicológica do défice, utilizada principalmente para não aumentarem os salários;

 

• A crise financeira e económica, de que resultou, mais uma vez, a pressão em relação à não actualização dos salários e à retirada de direitos;

 

• A revisão do Código do Trabalho, para pior, onde procuraram tornar mais fácil o despedimento individual, a caducidade dos Contratos Colectivos de Trabalho e as alterações dos horários de trabalho;

 

• As manobras do patronato para fazer efectivamente caducar o Contrato Colectivo de Trabalho;

 

• A pressão da Administração da Autoeuropa junto dos seus trabalhadores e fornecedores, para tornar o sábado dia normal de trabalho e não de descanso complementar e, vencida no seu objectivo, a chantagem da aplicação do Lay-off, para obrigar os trabalhadores a aceitarem a sua posição;

 

• O despedimento individual de centenas de trabalhadores efectivos e precários nas várias empresas;

 

• O despedimento colectivo de cerca de 80 trabalhadores na Schnellecke Logística e Webasto;

 

• E ainda a manobra da Schnellecke Logístíca, de criação de uma nova empresa para diminuir direitos aos trabalhadores.

 

Este período não foi fácil para os trabalhadores e seus representantes, mas podemos dizer que conseguimos resistir e no essencial mantemos condições para continuar.

 

1. O Código do Trabalho esta aí, mas os principais direitos continuam salvaguardados com o CCTV (Contrato Colectivo de Trabalho).

 

2. O CCTV mantém-se intacto e o Ministério do Trabalho foi obrigado a retomar as reuniões de conciliação que tinha interrompido.

 

3. A maioria dos trabalhadores teve os seus salários actualizados.

 

4. A pressão da aplicação do Lay-off não existe nas restantes empresas, mas apenas na Autoeuropa.

 

5. Há acordos nas empresas do Parque que evitam o Lay-off, com salvaguarda dos direitos dos trabalhadores e crescimento da retribuição.

 

6. Na Lear depois da ameaça do desemprego, estão criadas condições para salvar os postos de trabalho.

 

7. O Sindicato, depois dos ORT’s do Parque e da CT da Webasto, reforça a reclamação de intervenção do Governo para a defesa dos postos de trabalho, apoio às empresas e respeito pela legalidade e direitos dos trabalhadores.

 

A todos boas férias!

 

Setúbal 22 de Julho de 2009

 

A DIRECÇÃO

 

Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Metalúrgicas e Metalomecânicas do Sul