Autoeuropa: A qualidade ligada às condições de trabalho

 
Está lançado o desafio aos trabalhadores da Autoeuropa para que a qualidade dos seus produtos atinja os níveis desejados. A última auditoria realizada revelou resultados que ficaram aquém das expectativas e do desejável.
 
Não faltou quem, em assomos umas vezes de autoridade outras de desresponsabilização, lançasse ameaças e respectivas sentenças, diga-se de passagem, perfeitamente desnecessárias e infelizes. Os trabalhadores conhecem perfeitamente a importância da quantidade. Sempre a conheceram.
 
No entanto, outras situações vão acontecendo pela empresa as quais os trabalhadores se têm mostrado descontentes e com total razão, situações estas que retiram qualquer autoridade moral a quem queira vir fazer exigências aos trabalhadores seja no que for.
 
As novas condições do seguro de saúde estabelecidas unilateralmente pela administração, demonstram o desrespeito completo pelos compromissos assumidos por esta. No último acordo interno (2006/2008) a administração comprometeu-se a melhorar as condições do seguro de saúde e no entanto...piorou-as e aumentou as prestações.
 
O plano de optimização de estações nas linhas de montagem começa mal. Existem estações em que apenas se sobrecarregou o operador, menosprezou-se por completo a ergonomia e não foram feitas quaisquer alterações nos equipamentos, pois estes foram concebidos inicialmente para 2 operadores. Assim é mais difícil «fazer bem à primeira».
 
E tal como os comunistas já referiram, importa continuar a luta contra a precariedade, e exigir da Administração a integração destes trabalhadores nos quadros da Autoeuropa.
 
As expectativas quanto ao futuro permanecerem, com as incertezas em relação aos novos produtos e aos novos empregos.
 
Garantir o futuro é trabalhar com qualidade, mas honrar compromissos e melhorar as condições de trabalho em todos os seus aspectos é condição essencial para a sua concretização.